«Tiro a mão que me esconde o triângulo,
e ela resiste à mão que a desvia; mas
procuro acertar no seu ângulo, e entre-
ver a fresta por onde o amor corria.
Beijo essa mão e ela abre o caminho
para onde me encontro e me perco,
bebendo desse cálice o puro vinho
que me liberta sem sair do cerco.
Amo a tua mão que me guia
e prende,
a doce mão de tão finos
dedos
a que o meu desejo se
rende;
e ao procurá-la, sabendo o que me faz,
deixo que me ensine os seus segredos,
e guardo-a na minha, quando ma dás.»
i
in o Estado dos Campos de Nuno Júdice, o grande vencedor da XXII Edição do Prémio Rainha
Sofia de Poesia Ibero-americana!
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