segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

" A Culpa é das Estrelas"


Simplesmente fantástico, as lágrimas correram sem que as conseguisse conter... 

"Parti de Tomar e de Portugal com a mente em chamas."

 Agora que a minha atenção estava centrada no livro de Umberto Eco "O Pêndulo de Foucalt" fomos confrontados com a noticia da sua morte e por isso devolver o livro à BMT com a maior brevidade possível torna-se uma prioridade, não o farei sem transcrever este excerto que nos deixa a todos os tomarenses bastantes orgulhosos ...

R.I.P.



"........Tomar era o Castelo em que os Templários portugueses se tinham entrincheirado após a benevolência do rei e do papa os ter salvo do processo e da ruína, transformando-os em Ordem dos Cavaleiros de Cristo. Não podia perder um castelo dos Templários, e felizmente o resto da comitiva não era entusiasta de Fátima.
 Se eu consegui imaginar um castelo templário, assim era Tomar. Sobe-se por uma estrada fortificada que bordeja os bastiões exteriores, de seteiras em forma de cruz, e respira-se uma atmosfera cruzada desde o primeiro instante. Os Cavaleiros de Cristo tinham prosperado durante séculos naquele lugar: a tradição pretende que o infante D. Henrique como Cristóvão Colombo eram dos deles, e com efeito haviam-se dedicado à conquista dos mares - fazendo a riqueza de Portugal. A longa e feliz existência de que aí tinham gozado fez com que o castelo tenha sido reconstruído e ampliado em diferentes séculos, pelo que à sua parte medieval se acrescentaram alas renascentistas e barrocas. Comovi-me ao entrar na igreja dos Templários, com a sua rotunda octogonal que reproduz o Santo Sepulcro. Encheu-me de curiosidade o facto de na igreja conforme a zona, as cruzes templárias serem de forma diferente: era um problema que já me tinha ao ver a confusa iconografia a elas relativa. Enquanto a cruz  dos cavaleiros de Malta havia permanecido mais ou menos a mesma, a templária parecia ter sofrido as influências  do século ou da tradição local. É por isso que aos caçadores dos Templários basta encontrar seja onde for uma cruz qualquer para descobrir uma pista dos Cavaleiros.
 Depois o nosso guia levou-nos a ver a janela manuelina, a janela por excelência, uma passagem, uma colagem de achados marinhos e submarinos, algos, conchas, âncoras, amarras e correntes, em celebração dos fastos dos Cavaleiros sobre os oceanos. Mas dos dois lados da janela, a encerrar como que dentro de uma muralha as duas torres que a enquadravam, viam-se esculpidas as insígnias da Jarreteira.O que estava a fazer o símbolo de uma ordem inglesa naquela mosteiro fortificado português? O guia não o soube dizer, mas pouco depois, de outro lado, creio que de noroeste, mostrou-os as insígnias do Tosão de Ouro. Eu não podia deixar de pesar no subtil jogo de alianças que ligava a Jarreteira ao Tosão de Ouro, este aos Argonautas, os Argonautas ao Graal, e o Graal aos Templários. Lembrava-me das efabulações de Ardenti e de algumas páginas encontradas nos manuscritos diabólicos ... Tive um sobressalto quando o nosso guia nos levou a visitar uma sala secundária, de tecto coberto em fechos de abóbada. Eram pequenas rosetas, mas algumas tinham esculpidas uma cara barbuda e vagante caprina. O Balphomet.
 Descemos a uma cripta. Ao fim de sete degraus, uma pedra nua leva à ábside, em que poderia aparecer um altar ou o cadeirão de um grão-mestre. Mas chega-se, passando por baixo de sete fechos da abóbada, todos em forma de rosa e cada um maior que o anterior, e o último, mais expandido, por cima de um poço. A cruz e a rosa, e num mosteiro templário, e numa sala certamente construída antes dos primeiros manifestos rosa-crucianos... Fiz algumas perguntas ao guia, que sorriu: " Se eu soubesse quantos estudiosos de ciências ocultas vêm em peregrinação... Diz-se que esta era a sala de iniciação..."
 Penetrando por acaso, numa sala ainda não restaurada, ocupada com poucos móveis poeirentos, encontrei o chão repleto de caixotes de cartão. Revistei-o ao acaso, e vieram parar-me às mãos restos de volumes em hebraico, presumivelmente do século XVII. O que faziam os judeus em Tomar? O guia disse-me que os Cavaleiros mantinham boas relações com a comunidade judaica local. Fez-me assomar à janela e mostrou-me um jardim à francesa, estruturado como um pequeno e elegante labirinto.
 O segundo encontro em Jerusalém ... E primeiro no Castelo. Não rezava assim a mensagem de Provins? Por deus, o Castelo da Ordonation descoberta por Ingolf não era o improvável Monte Salvo dos romances cavaleirescos, Avalon a Hiperbórea. Se tivessem tido de marcar um primeiro lugar de reunião, o que poderiam escolher os Templários de Provins, mais habituados a dirigir capitanias que a ler romances de Távola Redonda? Claro que era Tomar, o castelo dos Cavaleiros de Cristo, um lugar em que os sobreviventes da Ordem gozavam de plena liberdade, de garantias intocadas, e em que estavam em contacto com os agentes do segundo grupo! 
 Parti de Tomar e de Portugal com a mente em chamas. Estava a levar finalmente a sério a mensagem que Ardenti nos exibira. Os Templários constituídos em ordem secreta, elaboram um plano que deve durar seiscentos anos e concluir-se no nosso século. Os Templários eram pessoas sérias. Portanto se falavam de um castelo, falavam de um lugar verdadeiro. O plano partia de Tomar. E então qual deveria ter sido o plano ideal? Qual a sequência dos outros cinco encontros? Lugares em que os Templários pudessem contar com amizades, protecções, cumplicidades. O coronel falava de Stonehenge, Avalon, Argattha... Disparates. A mensagem estava toda por rever.
 Naturalmente, dizia para comigo, ao voltar a casa, não se trata de descobrir o segredo dos Templários, mas sim de construí-lo." 


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Perdida na biblioteca ...


E foi logo nas sugestões de livros da BMT que encontrei este delicioso livro que trata o mundo das coisas ocultas e a extinção dos Templários. Será verdade o relato deste livro?!

Humm o melhor é deliciar-me nas restantes páginas, deixo apenas um pequeno excerto para me relembrar da exclamação de uma amiga, que sei que vai ler este post: "estes templários eram mesmo estranhos...":




"Certos esotéricos modernos defendem que os Templários fizessem referências a doutrinas indianas. O beijo no cu serviria para despertar a serpente Kundalini, uma força cósmica que reside na base da espinha dorsal, nas glândulas sexuais, e que depois de desperta atinge a glândula pineal..."
" A de Descartes?"
"Creio que sim, e aí deveria abrir na fonte um terceiro olho, o da visão directa no tempo e no espaço. Por isso ainda se procura o segredo dos Templários."
"Filipe o Belo devia ter queimado os esotéricos modernoss, não aqueles desgraçados."

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Jean Bernard Léon Foucault e o Pêndulo de Foucault





Para variar um pouco o tema das publicações deste blogue e apenas por acaso (ou não) a coincidência da data,  deixo este pequeno vídeo, de um dos mais importantes cientistas da sua época - Jean Bernard Léon Foucault falecido a 11 de Fevereiro de 1868 em Paris.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Pequena pausa, grandes mimos...

Este ano decidi fazer uma pequena pausa no Carnaval, ainda assim foi contemplada com uma enorme onda de mimos... 

Foto de Tânia Tomé

Grata maltinha, adoro-Vos!