quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Coisas lá da aldeia...


É já no próximo Domingo dia 28 que se realiza mais uma Mostra de Sopas na minha aldeia Linhaceira, esta iniciativa parte da Liga de Amigos do Centro de Dia e tem como objectivo angariar fundos para essa instituição. 

Desde cedo poderão também passar pelo mercado tradicional.

A cada dia que passa devemos ter mais consciência do quão importante são estas instituições numa população cada vez mais envelhecida, de uma sociedade com crescentes dificuldades económicas.

 Solidariedade e dignidade são conceitos que devemos ter em mente!

Passem por lá e bom apetite para o almoço!

Bem haja pela iniciativa, eu por lá estarei...

Dias Europeus do Emprego 2012



No topo dos países mais procurados temos Noruega, Finlândia  e Grã-Bretanha!
Boa sorte para muitos!

Descida à Vila de Baixo



      se puder e se o tempo ajudar também andarei por lá!

Mundo perfeito

Fundo Monetário Internacional



The IMF and the Fight Against Money Laundering and the Financing of Terrorism

September 30, 2012

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Tempo


Estranho mundo em que vivemos por vezes querendo voltar ao passado tal como diria Fernando Pessoa...

"A criança que fui ficou na estrada,

Deixei-a ali quando me tornei quem sou.

E hoje, quando vejo que o que sou é nada,

Volto a buscá-la ali onde ficou."

... outras vezes procuramos que o tempo passe à velocidade da luz, para um lugar qualquer, sabe-se lá onde, mas que nos leve...


... estranho mundo em que vivemos, onde esperamos que alguém nos salve do presente onde ninguém se entende, onde o que foi dito ontem hoje não é verdade, onde as empresas e instituições não conseguem manter os seus colaboradores mesmo que os mesmos sejam mais valias para o seu bom funcionamento, onde partem para outros destinos aqueles em quem apostámos na formação porque aqui já não dá, onde aquilo que é nosso na realidade não é o é porque um dia alguém vai arranjar maneira de o tirar, onde família  e respeito passaram a ser apenas palavras do dicionário, onde vamos perder a saúde porque nos tiraram a estabilidade, onde  queremos estender a mão e as nossas forças nos faltam.....

estranho mundo mesmo!!!!

sábado, 20 de outubro de 2012

Para uns e para outros...


"Se eles não acreditam um no outro como é que os portugueses hão-de acreditar neles"

Que Humanidade é esta?

Se o homem não for capaz de organizar a economia mundial de forma a satisfazer as necessidades de uma humanidade que está a morrer de fome e de tudo, que humanidade é esta? Nós, que enchemos a boca com a palavra humanidade, acho que ainda não chegámos a isso, não somos seres humanos. Talvez cheguemos um dia a sê-lo, mas não somos, falta-nos mesmo muito. Temos aí o espectáculo do mundo e é uma coisa arrepiante. Vivemos ao lado de tudo o que é negativo como se não tivesse qualquer importância, a banalização do horror, a banalização da violência, da morte, sobretudo se for a morte dos outros, claro. Tanto nos faz que esteja a morrer gente em Sarajevo, e também não devemos falar desta cidade, porque o mundo é um imenso Sarajevo. E enquanto a consciência das pessoas não despertar isto continuará igual. Porque muito do que se faz, faz-se para nos manter a todos na abulia, na carência de vontade, para diminuir a nossa capacidade de intervenção cívica. 

José Saramago, in 'Canarias7 (1994)'


Dia do Poeta


Hoje é o Dia do Poeta, milhares de exemplos poderiam acolher a minha simpatia, mas a escolha acertada para este dia será concerteza este poema de Florbela Espanca, cuja vida de apenas trinta e seis anos nos deixa várias obras da mais alta qualidade. 
Amor, saudade, tristeza, solidãoe são ingredientes desta autora....





Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Florbela Espanca

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Justiça

"Os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos chegue ao poder, ou antes, que os chefes das cidades, por uma divina graça, ponham-se a filosofar verdadeiramente.
(Platão, Carta Sétima, 326b).

sábado, 13 de outubro de 2012

Esquerdo Capítulo

E se tudo fosse assim tão simples…

Entre a azáfama do trabalho do dia-a-dia, o cansaço da rotina da TV, há sempre um amigo que nos faz meditar. Encontrei nas páginas de “Histórias para Contar Consigo” de Margarida Fonseca Santos e Rita Vilela um livro que não é apenas um livro – é também um jogo que começa com uma história e no fim dessa história somos confrontados com uma pergunta e várias possibilidades de resposta, a partir daqui cada qual escolhe a sua história! Bem é mesmo caso para exclamar “e se tudo na vida fosse assim tão simples?!”. 

Reportando toda esta facilidade para o plano politico, seria tão simples para uns e para outros avaliar a necessidade das próximas eleições, parece-me que apenas com seriedade, diálogo e estabilidade politica o País poderá seguir em frente e ultrapassar o momento triste para quem cá vive, diria vergonhoso para quem o vê de fora (peço desculpa aos leitores pelo termo utilizado, mas foi o termo empregue de quem procura melhor vida fora do pequeno rectângulo e no momento actual nem o dicionário automático me ajuda). Tenho a convicção de que solidariedade, responsabilidade e diálogo são ingredientes para dar a voltar por cima, demorará o seu tempo, mas será possível “desistir não é o lema” e como diz uma grande amiga “Sílvia todos temos opiniões divergentes ou não, mas o essencial é apresentar soluções”! E se a Margarida e a Rita tivessem em cada história, tantas outras que nos que levassem a uma solução harmoniosa? Tantas perguntas haveria por fazer: 

Quando uma organização/País devem mudar de liderança? Decidem-se projectos para pouco tempo depois se “abortarem”? Fazem-se obras para pouco tempo depois se rectificarem ou simplesmente deixarem de existir? E os recursos feitos até? Serão desperdiçados? Deveríamos ser mais humildes na idealização de grandes projectos? E se não fizermos esses projectos, ficamos para trás e tornar-nos-emos um país muito menos desenvolvido? 


A União Europeia é mesmo uma união??? Será que é um projecto falhado? E a responsabilidade de todos aqueles que não souberam aproveitar as grandes oportunidades que ela nos deu? Deverão ser esquecidas? Será que falta visão a longo prazo? Será que os economistas apenas são bons em tempos de abundância? O Capitalismo será inimigo do Estado Social? 

Com a modernização administrativa, não estaríamos perto de dar um grande passo para a revolução fiscal? Debater baixar o custo da produção vs aumentar impostos sobre o consumo não é ridículo? Será que os políticos têm a noção do trabalho administrativo acumulado que daí advém e da saturação e instabilidade que tantas alterações provocam? Não precisamos mais de debater as estratégias para o desenvolvimento? Não seria mais conveniente estimular a criação do próprio emprego? Facilitar a quem menos tem, a possibilidade de construir também os seus sonhos? Será que alguém duvida que é através de formação que se poderá alcançar esses objectivos? Não deveria haver uma integração no mercado de trabalho desde o início de um curso até à sua saída? Não seria isto um estímulo? 

A cada um fica a escolha da sua história! 
Bem haja!

*** texto que escrevi a 25 de Maio de 2011 no blog mencionado no título

Prémio Nobel da Paz 2012

Vivendo momentos de verdadeira angústia um pouco por toda a Europa, a União Europeia foi agraciada  com o Prémio Nobel da Paz, fazendo-se destacar pelas conquistas feitas para o avanço da Paz e a reconciliação na Europa, referindo-se em particular à Segunda Guerra Mundial. Os nossos dirigentes políticos vieram apelar a que possamos ter consciência do peso deste prémio e que saibamos ser capazes de honrar esta atribuição. Concordo plenamente, mais concordo que devem começar eles mesmos a dar o bom exemplo sem pedir mais sacrifícios a quem mais não pode ser sacrificado e depois vivendo os mesmos num verdadeiro luxo que gostam de exibir perante toda a sociedade.

Sim queremos Paz, deixem-nos trabalhar e viver em PAZ!!!!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Implantação da República


A 5 de Outubro de 1910 o País deixou de ser governando por uma Monarquia e passou a ser governado por uma República, em 2012 goza-se pela última vez aquele feriado que representa o nosso regime politico. 
E agora qual é o caminho? Perde-se a alma de um povo?! Iremos perder o verde da esperança na nossa bandeira para dar lugar apenas ao sangue do povo?! Bandeira hasteada ao contrário, em tempo de guerra, significava que o território estava dominado pelo inimigo ou um pedido de socorro! 
E de facto Portugal pede socorro!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O caminho faz-se caminhando / Se hace camino al andar


"Se hace camino al andar" é uma estrofe de «Proverbios y cantares» do poeta castelhano António Machado.

Caminante, son tus huellas
el camino, y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante, no hay camino,
sino estelas en la mar.

Caminhante, são teus rastos
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar.